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  • Foto do escritor: Paulo Ishimaru
    Paulo Ishimaru
  • 6 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

O sakura, ou flor de cerejeira, é uma das imagens mais icónicas do Japão e um símbolo profundo da cultura japonesa. Todos os anos, na primavera, entre março e abril, o Japão transforma-se num mar de pétalas rosa e brancas quando as cerejeiras florescem. Esta explosão de cor marca não só a chegada de uma nova estação, mas também carrega um significado espiritual importante, representando a efemeridade da vida. As flores de sakura desabrocham e caem num curto espaço de tempo, servindo como um lembrete da natureza transitória e bela da existência, um conceito central na filosofia japonesa conhecido como mono no aware.

A tradição de admirar as flores de cerejeira é chamada de hanami, que literalmente significa “ver flores”. Esta prática remonta ao período Nara (século VIII), quando a aristocracia japonesa começou a celebrar a beleza das flores de cerejeira com festas e contemplação ao ar livre. Nos dias de hoje, o hanami continua a ser uma celebração popular, com famílias e amigos reunindo-se sob as árvores de cerejeira em parques por todo o Japão, partilhando piqueniques e desfrutando da beleza natural. O florescimento das cerejeiras é um dos momentos mais esperados do ano no Japão, sendo acompanhado com grande entusiasmo, e até transmitido pela televisão para que todos possam acompanhar o progresso das flores pelo país.

Para além do seu significado cultural e espiritual, o sakura também desempenha um papel importante na arte e literatura japonesa. As flores de cerejeira são frequentemente retratadas em poesias, pinturas e até na moda contemporânea, simbolizando renovação, esperança e beleza fugaz. Esse fascínio pelo sakura transcende fronteiras, atraindo milhões de turistas de todo o mundo que visitam o Japão para testemunhar o esplendor da flor de cerejeira em plena primavera. Mais do que uma simples flor, o sakura é uma parte intrínseca da identidade japonesa, refletindo a ligação profunda entre o povo e a natureza.


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  • Foto do escritor: Paulo Ishimaru
    Paulo Ishimaru
  • 6 de set. de 2024
  • 2 min de leitura


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O Monte Fuji, ou Fujisan, é a montanha mais alta do Japão e um dos seus símbolos naturais mais icónicos. Com 3.776 metros de altura, o Fuji é um vulcão ativo, embora tenha tido a sua última erupção em 1707. Localizado na ilha de Honshu, próximo de Tóquio, o Monte Fuji tem uma importância cultural e espiritual profunda para o povo japonês, sendo considerado uma montanha sagrada desde tempos antigos. O seu cume nevado, que se destaca no horizonte, tem inspirado poetas, artistas e peregrinos ao longo de séculos, tornando-se um símbolo de beleza, força e serenidade.

Escalar o Monte Fuji é uma experiência popular entre turistas e locais, especialmente durante os meses de verão, quando as rotas de escalada estão abertas. Para muitos japoneses, alcançar o topo de Fujisan é uma forma de cumprir um importante ritual espiritual. A subida pode ser desafiadora, mas a recompensa ao chegar ao cume é inigualável: uma vista panorâmica do nascer do sol, conhecido como Goraiko, que oferece um momento de contemplação e reverência pela natureza. O Monte Fuji também faz parte do Parque Nacional Fuji-Hakone-Izu, rodeado de lagos e florestas, oferecendo aos visitantes uma variedade de paisagens naturais para explorar.

Além da sua importância espiritual, o Monte Fuji foi reconhecido como Património Mundial da UNESCO em 2013, pela sua relevância cultural e natural. Ele aparece frequentemente em obras de arte japonesas, como nas famosas gravuras de Katsushika Hokusai, que retratam o Fuji em diferentes estações e condições climáticas. O fascínio por esta montanha perdura até hoje, sendo uma das atrações mais fotografadas e admiradas no Japão, mantendo o seu lugar como um símbolo de harmonia entre o ser humano e a natureza.

 
 
 
  • Foto do escritor: Paulo Ishimaru
    Paulo Ishimaru
  • 6 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

A cerimónia do chá japonesa, conhecida como chanoyu ou sadō, é uma prática tradicional que vai muito além da simples preparação e consumo de chá. Originada no século IX, com a introdução do chá da China, a cerimónia foi refinada ao longo dos séculos, especialmente sob a influência do mestre de chá Sen no Rikyū no século XVI, que consolidou os princípios de simplicidade, harmonia e respeito. A essência da cerimónia está em promover um momento de tranquilidade e reflexão, onde anfitrião e convidados compartilham uma experiência imbuída de beleza e serenidade, em meio a gestos meticulosos e cuidadosamente coreografados.

Durante a cerimónia, o chá matcha – um pó de chá verde moído – é preparado e servido de acordo com regras tradicionais. Cada detalhe é cuidadosamente planejado, desde a escolha dos utensílios até a decoração da sala de chá, chamada chashitsu. O ambiente deve ser calmo, simples e harmonioso, refletindo a estética do wabi-sabi, que valoriza a beleza das imperfeições e da transitoriedade. O anfitrião faz cada movimento com propósito, e os convidados observam em silêncio, saboreando não apenas o chá, mas também a atmosfera de contemplação e respeito mútuo que envolve o ritual.

A cerimónia do chá japonesa não é apenas sobre o chá, mas sim sobre a criação de um espaço para a espiritualidade, o respeito pela natureza e a apreciação da arte. É um momento de introspeção, onde o ritmo desacelera e as preocupações cotidianas são deixadas de lado. Mesmo nos dias de hoje, a cerimónia continua a ser uma prática profundamente respeitada no Japão, preservando um vínculo entre o passado e o presente, e servindo como um símbolo do refinamento cultural e da busca pela paz interior.


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